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8u Brasil e Nigéria apostam no livre comércio no momento em que 'ressurgem protecionismo e unilateralismo', diz Lula

data de lançamento:2025-09-25 17:28 tempo visitado:129

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (25) que o Brasil e a Nigéria são dois países que apostam no livre comércio em um momento em que ressurgem no mundo movimentos de "protecionismo e unilateralismo". 8u

O petista deu as declarações após se reunir, no Palácio do Planalto, com o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, que faz uma visita de Estado ao Brasil.

"Neste momento em que ressurgem o protecionismo e o unilateralismo, Nigéria e Brasil reafirmam aposta no livre comércio e na integração produtiva. Seguimos empenhados na construção de um mundo de paz e livre de imposições hegemônicas", afirmou Lula.

A agenda com Tinubu faz parte da estratégia de Lula de retomar a aproximação com países africanos, aposta que ganhou importância diante do tarifaço para entrada de produtos brasileiros nos EUA.

O Brasil foi sobretaxado em 50% pelo presidente americano, Donald Trump, enquanto a Nigéria está com a tarifa em 15%. Lula não mencionou Trump no discurso que fez à imprensa no Palácio do Planalto.

No seu pronunciamento, Tinubu também afirmou que é possível ampliar a relação entre Brasil e Nigéria.

Ele citou como exemplo ações de transferência de tecnologia e parcerias na economia e na produção de energia e medicamentos para beneficiar os dois países.

"Somente juntos poderemos desenvolver nossas economias para auxiliar na nossa soberania", disse.

Tinubu afirmou que o país tem reservas de gás natural e afirmou que deseja ter a Petrobras como parceria o mais rápido possível. "O Brasil e a Nigéria estão aqui para crescer juntos", reforçou.

Já Lula citou agricultura, pecuária, petróleo e gás, fertilizantes, aeronaves e maquinário como exemplos de áreas que "representam avenidas amplas de cooperação".

O petista também afirmou considerar que a Nigéria "possui todas as credenciais para se tornar membro pleno do G20".

O presidente ainda defendeu a Organização Mundial do Comércio (OMC) dirigida pela economista nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala.

O Brasil solicitou recentemente à OMC consultas ao governo americano sobre o tarifaço.

Lula e presidente da Nigéria em evento no Planalto. — Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou, nesta sexta-feira (27), a exigência da realização de exame toxicológico para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias A (motos) e B (carros de passeio).

1 de 2 Lula e presidente da Nigéria em evento no Planalto. — Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

Lula e presidente da Nigéria em evento no Planalto. — Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

💵A Nigéria é o país com maior economia e população do continente africano. Em 2024, o comércio com o Brasil somou US$ 2 bilhões. O governo brasileiro acredita que é possível ampliar essa corrente comercial.

No ano passado, as exportações brasileiras para a Nigéria alcançaram US$ 978,5 milhões com envio de produtos como açúcares e melaços (74%), álcoois e derivados (5,7%) e outros itens da indústria de transformação e agrícola.

Já as importações do Brasil da Nigéria bateram US$ 1,1 bilhão, incluindo adubos e fertilizantes (48%), óleos combustíveis e petróleo bruto (48%), gás natural (2,3%) e outros produtos da indústria de transformação.

Lula citou que o intercâmbio comercial dos países caiu de US$ 10 bilhões ao ano em 2014 para US$ 2 bilhões em 2024. O presidente creditou a redução à postura de governos anteriores ao seu.

"Não foi por acaso. Nos últimos governos, o Brasil se distanciou da África. Duas das maiores economias da América Latina e da África devem ter um intercâmbio muito maior", afirmou.

Aproximação com a África

Lula discute ampliação do intercâmbio comercial com o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, na Cúpula do Brics — Foto: Ricardo Stuckert / PR

2 de 2 Lula discute ampliação do intercâmbio comercial com o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, na Cúpula do Brics — Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula discute ampliação do intercâmbio comercial com o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, na Cúpula do Brics — Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula e Tinubu se reuniram em julho, no Rio de Janeiro, à margem da cúpula do Brics. A Nigéria é um dos dez países parceiros do grupo, alvo de críticas do governo dos EUA.

Na ocasião, os dois presidentes destacaram a intenção de ampliar os negócios entre os países. Tinubo, à época, demostrou interesse em estabelecer cooperação para aumentar a produtividade do setor agropecuário e citou a Embrapa como referência em pesquisa e inovação agrícola.

Também em julho, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, liderou uma missão empresarial à Nigéria, a fim de captar parcerias econômicas.

Alckmin, que coordena o comitê de resposta ao tarifaço, estará novamente com Tinubu na tarde desta segunda, no encerramento de um fórum empresarial Brasil-Nigéria, organizado em parceria pelos governos brasileiro e nigeriano e o Sebrae.

Nesta segunda-feira, Lula também mencionou a população africana que foi escravizada no Brasil por mais de três séculos.

O presidente disse não ser possível mensurar em dinheiro a forma de compensar esse período. Tal pagamento deve "ser mensurado em solidariedade, em alinhamento politico econômico e cultural".

COP 30 e crime organizado

Lula e Tinubu conversaram sobre combate a crimes internacionais e a necessidade de reforçar ações para preservar o meio ambiente.

"Nenhum país isoladamente conseguirá debelar a criminalidade transnacional. A criminalidade está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, exigindo ações multilaterais urgentes e coordenadas", afirmou Lula.

O presidente brasileiro reforçou o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030 e o convite para que países africanos compareçam à COP 30, em novembro, em Belém.

"Os instrumentos internacionais hoje existentes são insuficientes para recompensar de forma eficaz a proteção das florestas, sua biodiversidade e os povos que vivem, cuidam e dependem desses biomas", concluiu.

Busca por novos mercados

Lula articula resposta conjunta com Brics ao tarifaço

Lula articula resposta conjunta com Brics ao tarifaço

Desde 6 de agosto, uma série de produtos brasileiros, como carne, café e máquinas, pagam 50% de sobretaxa para entrar nos EUA.

O Planalto considera a negociação com os EUA travada, já que Trump exige o término dos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

Para socorrer as empresas afetadas, o governo brasileiro definiu uma série de medidas, como linhas de crédito e adiamento do pagamento de impostos. Em outra frente, busca novos mercados pelo mundo.

Nessa estratégia, Lula conversou por telefone com os presidentes da China, Xi Jinping, e da França, Emmanuel Macron, além do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Lula também planeja uma viagem à Indonésia e Malásia em outubro e tem recebido chefes de Estado em Brasília.

Além de Tinubo, esteve com o presidente do Equador, Daniel Noboa, e terá reunião na quinta-feira (8) com o presidente do Panamá, José Raúl Molino.

As visitas começaram a ser negociadas antes do tarifaço8u, mas já em um cenário que antevia a guerra comercial iniciada pelo governo norte-americano.

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